Skip to main content

Já dissemos por aqui que a execução de projetos pilotos é um dos grandes diferenciais da HousingPact frente às aceleradoras, justamente por dar condições para que os empreendedores desenvolvam suas ideias, apliquem as iniciativas e construam um case real. Hoje, ressaltamos o valor dessa metodologia frente ao problema de habitação no Brasil, visto que nesse âmbito é importante que as soluções levantadas sejam facilmente operacionalizadas.

Com 8 pilotos em andamento até o momento, para garantir a materialidade e os impactos tangíveis dos projetos selecionados, o processo seletivo da HousingPact prioriza aqueles que focam na prática, muito mais que no conceito, com fluxos de trabalho ágeis e estágios de realização mais avançados.

 

Déficit habitacional no Brasil

As políticas públicas com o objetivo de garantir o direito à moradia aos cidadãos brasileiros teve início em 1988, ao assumir compromissos em defesa do bem-estar social da nação. Dentre essas iniciativas está a instituição do Artigo 6º na Constituição Federal, que aponta para a responsabilidade da União no desenvolvimento de “programas de construção de moradias e a melhoria das condições habitacionais”.

Depois da instituição do “Programa Minha Casa Minha Vida” – o qual proporcionou boas oportunidades ao cidadão brasileiro -, há aproximadamente um ano a Secretaria Nacional de Habitação do Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR) anunciou uma nova metodologia de cálculo para analisar o déficit habitacional e a inadequação de moradias no Brasil.

O aprimoramento da metodologia foi motivado pelo desejo de se obter dados mais próximos da realidade e das necessidades atuais do país. Foram esses dados que nortearam uma nova política habitacional do governo, intitulada Programa Casa Verde e Amarela.

Os dados recalculados mostram que, em 2019, o déficit habitacional em todo o país chegava a 5,8 milhões de moradias.

Se há 3 anos o número era preocupante, em 2022 é possível afirmar que ele só aumentou. No entanto, a realidade já era prevista pelo relatório, que apontou o aumento no déficit ao longo dos anos como uma tendência frente ao ônus excessivo com aluguel urbano, um comportamento que se arrastou pelo tempo em questão.

Pandemia

Considerando que o déficit habitacional no Brasil tem várias nuances e condições, o Programa Casa Verde e Amarela nasceu com o propósito de buscar soluções diferentes para problemas diferentes.

Apesar da boa intenção, com a pandemia do COVID19 e o consequente aumento do desemprego, a alta dos alimentos e a diminuição no valor do auxílio emergencial, a habitação entrou em evidência de uma forma bem pessimista: diversas famílias perderam suas moradias e passaram a viver nas ruas ou ocupações. Segundo dados da campanha Despejos Zero, em 2021 mais de 9 mil famílias sofreram com ações de despejos pelo país, sendo que outras 64 mil seguem correndo risco de perder seus lares. Uma pesquisa do Instituto Brasileiro de Estatística e Geografia (IBGE), revelou ainda que 5,1 milhões de domicílios brasileiros estão em formas de ocupação irregular de terrenos de propriedade alheia, públicos ou privados, e já são 13 milhões de favelas distribuídas em 734 municípios.

ODS 11

A realidade habitacional negativa reforçada pela pandemia dificulta o cumprimento das metas dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), da ONU, especialmente aquele que garante “o acesso de todos à habitação segura, adequada e a preço acessível, e aos serviços básicos e urbanizar as favelas”.

A ODS acima citada é a de número 11 e tem como prazo para se realizar o ano de 2030. Ante este enorme desafio,o empreendedorismo de impacto do setor da construção civil, onde a HousingPact atua como uma catalisadora, se empenha para contribuir para que o resultado seja alcançado com êxito.

Alimentando o objetivo em comum de reduzir o déficit habitacional e diminuir a inadequação de moradias no país, a metodologia de aplicação de pilotos proposta pela rede colaborativa visa superar a falta de operacionalidade observada em diversos projetos de habitação de interesse social, como os propostos pelo governo.

Para a HousingPact, ir a campo é fator decisivo para proporcionar aos players que visam resolver alguns dos problemas do país e do mundo uma experiência prática que gere trocas positivas e resultados efetivos.

Afinal, ao proporcionar a execução de um projeto piloto, as soluções podem ser testadas e ajustadas em um ambiente real, e têm seu potencial de crescimento estudado frente a problemas latentes.

Para cumprir essa missão, a HousingPact conta com oito instituições mantenedoras (ArcelorMittal, MiningPact, DEXCO, HM Engenharia, InterCement, Instituto InterCement, Fundação Tide Setubal e Sicoob) e algumas parcerias estratégicas.

A aliança permite o mapeamento, desenvolvimento e fomento de startups com propostas inovadoras na área de microcrédito, melhoria de moradia, geração de renda local, materiais construtivos inovadores, energia, melhora dos espaços públicos, água e saneamento e métodos construtivos inteligentes.

Pilotos em ação

Ao todo, a HousingPact já possui 8 pilotos em ação. Com características mais robustas e descobertas de médio prazo, a primeira rodada do desafio, realizada em 2019, contemplou construções e elaboração de modelos de funding mais complexos. Nela, foram iniciados quatro pilotos: Água V, Repagina.me, Isobloco e Coletando: contemplou a abertura de uma microfranquia de ecoponto, ecoponto móvel e triciclo de coleta, além da recente implementação na Zona Leste de São Paulo, no Jd. Lapena.

Os demais pilotos foram adicionados à lista em outubro do ano passado e são complementares aos que já estão em curso. Eles foram selecionados tendo como premissa a rápida implementação e tiveram um ciclo de aprendizagem mais rápido.

No ciclo, a startup Tebas Sustentabilidade emplacou a prototipação e venda de um banheiro móvel que pode ser transportado e instalado rapidamente nas áreas periféricas da cidade.

A ArqCoop+ desenhou e desenvolveu um espaço para a venda de produtos reutilizados da plataforma Be.Sun.

A startup Piipee foi selecionada para testar a economia de água com o uso do seu produto e amarrar a ação com um teste de inclusão deste tipo de produto para moradores das classes C e D.

 

Por sua vez, a Moradigna Capacita ofereceu capacitação presencial e virtual de conteúdos de energia elétrica e testou a atração e capacitação de embaixadores Moradigna.

Esses são apenas exemplos de como a HousingPact acredita que possa contribuir para a solução para o déficit de habitação do país. Quer vir com a gente? Acesse nosso site e saiba mais.